Alucinado, é o que posso chamar a este fim de semana e pedir urgentemente que chegue o outro

Começou num sábado cedo, sem nevoeiro, e sem esperar pelo Sebastião. Com o paizão ao pequeno almoço como de costume. Mercado como hábito e agora estou a lembrar-me que ainda não tratei da abóbora. Comprei uns morangos maravilhosos. Sigo para ir ter com a minha mãe. Não tenho chave, solução saltar o muro ou o portão. Olho e penso, isto não é assim tão difícil, e tenho de ir aos Restauradores buscar os dorsais. Siga. Saltei, sobrevivi. E até fiquei, orgulhosa, não parti nada. Mãe, toda arranjadinha, e sempre a resmungar do jeitinho como gostamos, dou-lhe uma beijoca e piro-me. Meto-me na A5. Isto ao meio dia. Não gosto de velocidades, não sou acelera...e vou andando. Sou distraída. Não sou loira, mas pareço. Espera, sou loira, de momento morena. Saio no lado errado, Saldanha. Eu e Lisboa de carro, é tipo, stress. Eu sou da província. Faço inversões, em todo o lado, em descampados. Esta última parte é tanga, mas era só para tentar mostrar que é mais fácil.  Faço inversão. Estaciono no parque. Levo logo com buzinadela. Odeio que me buzinem. Tem todos a buzina na ponta dos dedos, pá. Stressados do caraças. Estaciono, vou em modo corrida, onde está a barraca? E penso...só me gozam, está tudo fechado. Ligo para a gaja que me abandonou, e ainda me mandou para Lisboa ao meio dia, e lá me diz onde está a tenda...que era só do tamanho de um elefante. Gajas stressadas, não veem nada à frente. É o que vos digo. Entro, levanto os dorsais. Há  não sei quantos jogos para ganhar prendas...sério? Perguntam-me se quero jogar...Agradeço...mas piro-me a correr. Pago 1 euro, por 5 minutos de estacionamento. Chulos. Digo-vos uma coisa, que sei que não vos interessa nada, eu a gaja que odiava conduzir e não vinha para Lisboa, já se desenrasca bem....éh pá, leva com uma buzinadela...mas o que é isso...faz parte. Tipo tradição. A5 com ela. Vou comprar a prenda do André para o Tiago levar para os Anos. Chego a casa, duche e preparo-me para o que me espera. E nem sei bem o que me espera. Mascaro-me. Pago pela língua. Eu vou morrer assim. Eu ouvi falar na Feira Medieval em Tires e pensei...que treta, e vai ser fraco e tal...enganei-me...bem enganada, mas já lá vamos. Mascaro-me. Corpete, que adorei. Tiara de flores. Vou ter com com o Tiago ele aprova, dou-lhe a prenda para o André, ele dá-me uma beijoca. Sigo. Chego ao estabelecimento/café/pastelaria da minha amiga...e sou a única assim vestida e tudo a bater palmas. Sai-me logo...mas que merda vem a ser esta!???! Uma gaja, nem almoça, vem mascarada...e vocês estão assim... vou já trocar-me... tudo a vestir. Começa a coisa. Eu nem tinha noção para o que vinha. Eu ofereci-me, porque sei que vinha imensa gente, porque sei que é uma oportunidade de faturar, e sei o que é ter contas para pagar e contar dinheiro. E sei que temos e devemos fazer pelos outros, pelos nossos amigos. Mas elas já tem estaleca. Eu trabalho num escritório, papéis. Mas tranquilo. O que tem de ser é. Eu sou a que bebe minis, imperiais. Invertem-se papéis. Seguem minis, imperiais, cafés, gelados, tudo em velocidade furiosa. Sei zero preços. Tira-se primeiro talão, recebe-se logo resolvido. Foi-se afinando. Com a Sic em Festa à frente do café. Pessoal todo da produção, minis, ginginha, imperiais.... uma loucura. Um movimento alucinante. Tudo a montar o espetáculo para domingo. Pessoal porreiro. Muita, muita gente. Muitas histórias. Misturado, com bolos, chás, meias de leite. A visita da D. Celeste, que me conforta sempre, sempre que a vejo, não sei, dá-me conforto, e não a conheço bem, só a vi 3 vezes. É uma Senhora, que gostaria que fosse minha avó, ou então desejo secretamente, ser como ela, quando tiver a sua idade. Nisto tudo, tive sempre o meu piolho de volta, muitas beijocas boas. Roubadas. Nunca me quis descurar, mas também quero muito ajudar. E é tanta gente a pedir tanta coisa... meu deus, não tenho jeito nenhum para atender a um balcão. Para não dizer, que há pessoas que não tem educação. O pessoal da produção, som, das camaras, quer ir para o Lux..e como vão até lá, sem causar estragos... pessoal boa onda. Num dia de cansaço bruto, faz a diferença. Chega-se a casa às duas da manhã. O Despertador toca as 7. Ás 9 estou em Lisboa. Corrida da mulher. Fui andar. Mas as raparigas que foram comigo foram passear e sinceramente agradeci, nem sentia os pés. Acabei, entrei na estação do rossio com a minha Marlene, saí no Cacém, peguei no carro e parei em casa.  Almoço ao mais que tudo, vesti-lo. Mais uma banhoca.Pedi-lhe para me contar uma história dos dinossauros. Vestia-me e ele falava-me. Disse-lhe que tinha de ir ajudar a xana, expliquei-lhe e perguntei-lhe se ele se importava de ficar com a avó e com as primas. Ele claro, disse que não, que queria ir à festa. Mas que tinha saudades minhas. Disse-lhe que era só hoje, que amanhã, ia buscá-lo e íamos só os dois ao parque. Preparei o saco dele, com pijama, com roupas, com tudo, o que possa ou não ser necessário. Mascarei-me outra vez. Levei o meu amor. Fomos. Ele ficou e eu fui. Estava muito pior que sábado. Pior a dobrar. Na quantidade de pessoas. E o espaço ser reduzido. Mas depois há a outra parte. As pessoas que se conhecem e que deixam um pouco delas em nós. E eu sou assim. Um menina com sindroma de down, estava com a mãe, pediram um chá para duas e torrada. E no fim, quis abraços e beijinhos. A mãe um pouco envergonhada a dizer-me que ela gostou de mim e que gosta muito de abraçar e dar beijinhos. E eu digo-lhe, eu sou exatamente igual a ela. Somos as duas iguais. Eu adoro abraçar e dar beijinhos. Demos bons abraços e beijinhos. E é isto que nos acrescenta. Que vai connosco, para onde vamos, quando deixamos o corpo. E daquela miúda não me vou esquecer. Ontem fechou-se mais cedo, e ela quis oferecer-nos o jantar na feira medieval. E para meu espanto. Que espetáculo. Eu sou daquelas pessoas, que se é para fazer, que seja bem feito. E estava tudo ao pormenor. As barracas, os produtos, as roupas...adorei, adorei. Estava tudo espetacular. No final, quando íamos buscar as malas, ela ainda foi abrir o café, mandou ao pessoal imperiais à borla e comida, demos 2 minutos de conversa com o diretor de espetáculos, mostrámos fotos dos filhos uns dos outros... sem dúvida pessoal muito porreiro.  
Um fim de semana, onde ri bastante. Ouvi coisas disparatadas. Se já admirava quem está atrás de um balcão, ainda admiro e respeito mais. É um trabalho duro. 
Hoje vou mimar o meu amor, que lhe temo saudades de cheirar a pele. O meu Tiago. Amo-o de tanto o amar. E como é dia do beijo...está bem tramado.
Uma coisa eu vi, podem falar mal de quem quiserem, mas eu vi, e ninguém me contou, quem dá recebe sempre....quem dá de coração, recebe.... quem sabe dar ao próximo é sempre recompensado. Sempre. Não foi comigo. Foi com a uma pessoa à minha frente, um exemplo prático! De quem muita gente critica.
Foram os dias mais complicados e doidos, que tive. Que dei de mim, para ajudar. Que vi outros a ajudar, sem sequer ter de dizer nada. Pessoas que crescem em mim, de admiração. Mas existiu quem não me poupou em criticas. Mas nunca esqueci o mais importante, o meu filho. Nem as pessoas que me são queridas e que sofrem neste momento, e que precisam de conforto, estiverem e estão sempre no meu coração. Mas Meus amores, cá estamos todos uns para os outros.

















Só tirei estas (queria era ir dormir)...já fui tarde...Mas o crepe de chocolate e canela...e o menino de Bragança, estava tudo muito bom.

Já sei, já sei...para queimar este crepe...estou lixada.

Comentários

Mensagens populares