Um gosto de ti, por dia, não sabe o bem que lhe fazia

Não percebo porque as pessoas, não dizem mais vezes que gostam das pessoas que as rodeiam. Que as amam. Eu tenho uma filosofia de vida, que enquanto respirar os meus irão saber sempre o quanto são importantes, o quanto os amo, o quanto são importantes. Não é estranho os meus amigos receberem uma mensagem minha, a dizer, que gosto deles, que me fazem falta. Não é estranho escrever um post a dizer que amo um amigo. Falar da importância de um abraço. Do contacto. Digo, sempre que trato da minha mãe, apesar da resmunguice dela, e de todas as vezes que me apetece discutir, um gosto tanto de si, é o que lhe digo sempre e dou-lhe um abraço, mesmo sentido que ela me foge. Sempre ouvi as pessoas lamentarem-se quando morre alguém. Que não disseram, que não fizeram, que agora é tarde demais. E eu sempre tive em mim, a consciência que tinha de dizer em vida às pessoas à minha volta a importância que têm para mim. Não invalida, que quando me fizeram falta, eu não me venha a queixar, que todas as vezes que o disse, foram poucas. Mas digo. Digo sempre. Sempre que posso. Gosto de ver um amigo e abraça-lo. Não o abraço de fugir, mas o abraço de sentir. Gosto de gostar das pessoas. Gosto de acarinhar. De confortar. De Amar. Sinto falta de amar desmedidamente. Gosto de quem me acrescenta. No outro dia, diziam-me que era uma pessoa muito dada, e que isso só me prejudicava. Que só devemos dar, na mesma medida que nos dão. Que só isso seria um sinal de confiança. Que nem todas as pessoas nos querem bem. Que quem julgamos nossos amigos, não são. Tudo aquilo me fez confusão. Como se pode dar, à espera de receber? Claro que esperamos receber, no nosso intimo. Todos precisamos de ser saciados, amados. Desejamos receber. Mas quando damos, não há uma medida para dar. Dá-se. Como se pode dar e contar a forma de dar, se não existe medição para tal?! Talvez por ser assim, receba também de forma desmedida, de onde menos espero, de pessoas que nem conheço, pessoas que me dão, sem eu estar à espera. Um tipo de compensação. Tudo na vida terá os seus aspetos negativos, outros positivos. Se perdermos muito tempo a pensar que aquele nos quer mal, perdemos tempo e a importância naqueles que nos querem bem, naqueles que verdadeiramente valem a pena. Penso que seja por aí. Nunca soube dar pouco de mim. Sei cortar. Não sei medir. Sei dar tudo de mim. E sei cortar. E magoar, quando magoada. Mas sei dar e quando se dá, dá-se. E a outra pessoa fará disso o que bem entender. É com ela. A consciência é dela e o proveito também. Eu conheci uma Senhora a D. Celeste, com oitenta e tantos anos e quando a vi no sábado, é como se os meus olhos se iluminassem. E não sei dizer porquê. Ou sei. Eu quero ser como ela, com aquela idade. Aquela senhora faz-me feliz. Abraça-me. Damos um bom abraço, sai-me um olá D. Celeste rasgado, com uma ternura, como se a conhecesse desde sempre. Tanto, que as pessoas acham que a conheço há imenso tempo. Digo-lhe sempre que a vejo, gosto imenso de si D. Celeste, pela sua força, transmite-me uma paz, é uma inspiração, por tudo o que passou. E nós com muito menos idade, andamos com esta cara, com menos animo. E a D. Celeste tem um sorriso desses, lindo. Sento-me sempre com ela, porque sei que não gosta de lanchar sozinha....casa cheia, o caos de sábado, e a "patroa" diz, não tu ficas aí, o teu "amor" está aí. Eu amo as pessoas que me acrescentam, mesmo que eu não perceba bem o que, mas que me fazem sentir. Eu gosto e acho que se deve dizer que às pessoas que gostamos delas, quando sentimos. Devemos fazê-lo. Faço isso com o meu filho. Todos os dias digo que o amo, que é um lindão, que o vou devorar de beijos. Todos os dias digo que tenho muitas saudades dele. Digo todos os dias que penso nele e no que ele andará a fazer, as malandrices. Digo que gosto dele do tamanho de Júpiter. Que ele agora já sabe que a lua é pequena. E ele diz exactamente a mesma coisa, nas palavrinhas dele. Despede-se com muitos beijos, e abraça-me. A primeira coisa que faz quando me vê é vir a correr e dá-me abraços e beijinhos. Diz que gosta muito de mim, que tem saudades. Eu acho que fazemos bem, em mostrar o que sentimos. Principalmente a nós próprios, faz imensamente bem, sentir que somos amados que somos gostados pelos nossos. Imensamente bem, dá-nos anos de vida, saúde. Vida é amor. Só assim faz sentido.






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