Gosto de descobrir as pessoas. Gosto de as conhecer com os meus olhos. Corre mal, quando conheço com olhos de terceiros. Corre sempre mal. Não aproveito a essência da pessoa, nem sequer aproveito o seu potencial, aquilo que tem para dar, para partilhar comigo e eu com ela. Porque já tenho a ideia pré concebida, e a partir daí, já nada é igual. É uma merda. Eu era assim. Por isso aprendi a gostar de conhecer as pessoas, como se nunca as tivesse visto. Oiço comentários, o que algumas vozes me dizem, mas não me deixo influenciar. Ás vezes é pior? É! Mas mesmo assim o saldo é positivo. As pessoas mudam é um facto. Muitas vezes não querem, mas a vida muda as pessoas. Se calhar alguns de nós nem se dá conta. Mas muda. Se estivermos atentos, percebemos. Aliás só não mudamos porque não queremos. Eu mudei. E então se eu acho que comigo é possível, certamente será com os outros. Gosto de descobrir devagar e sem receios. Gosto de entrega, sinceridade e honestidade. Gosto que me alertem, que se preocupem comigo. Mas não me peçam partidos. Não me peçam que tome uma posição que não cabe a mim ter, ou tomar. Se já fui assim, foi um erro. As pessoas chegam a mim com um passado, chegam a mim num resultado do que viveram, do que a vida lhes deixou, isso a mim não me acrescenta, não me interessa. O que essa pessoa é para mim a partir do dia que me conhece, é que me acrescenta, é que me faz ter interesse. Somos rápidos a apontar o dedo e a julgar, e lentos e lerdos para dar o beneficio da duvida. Porque não percebemos que todos nós temos um passado, um presente e que nada se sabe do futuro. A vida coloca-nos nas diversas situações, coloca-nos à prova. Portanto, agradeço o aviso, agradeço a chamada de atenção. Mas como eu digo, quem conta um conto acrescenta um ponto. Não sei se será assim desta forma que se diz. Mas as pessoas fiam-se numa fulana tal, em detrimento de fulana tal. E oiço, é minha amiga de confiança não me iria mentir. E a outra não era? Como se define quem é de confiança? Quem diz o que queremos ouvir? Não sei. Sei que há sempre mais do que aquilo que vemos à superfície. Já ouvi pessoas desbocadas sem maldade, e já pessoas comedidas com uma maldade assustadora. Não é à primeira que se percebe, vai se percebendo. E como eu digo nas costas de uns vejo as minhas. Acho que é por ai.

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