Angústia e esperança andam de mão dada

É um desespero pessoas que estão doentes, conseguirem encontrar um dador compatível de medula óssea. Desespero maior é existirem compatíveis que depois se recusam. E o tempo passa, e a doença avança. E continuo sem perceber, sem conseguir aceitar. Peço desculpa. Não faço juízo de valores, até evito julgar. Mas não percebo porque se tornam dadores, não percebo os que ainda não o são. Só quando nos calha à porta?! É isso o que é necessário? E não aceito, que depois desapareçam quando alguém está a morrer e que se vai perder para sempre. Percebem o que é para sempre? Que não é o mesmo que dormir e acordar depois? Para sempre, todo o sempre. Uma mãe, um pai, um filho, alguém que se ama. Desculpem não consigo aceitar. Hoje a esperança reside no próprio filho recém nascido. Será o filho salvador da mãe? Desejo tanto que assim o seja. Desejo ainda mais que as pessoas voltem a amar o próximo como a si mesmos. Projectem-se no outro. Não só por as coisas boas que vocês gostariam de ter dos outros, mas o bem que podem dar aos outros. Que todas as preces sejam ouvidas, que este alguém não desapareça agora. Não agora, agora este alguém precisa de ser mãe e mulher. Precisa de viver. Gosto tanto de ti.

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