O Amor, sempre o Amor!
Yes! Foi a palavra que me saiu, depois de ficar genuinamente feliz, ao receber uma mensagem informativa, a dizer que o Luaty acabara com a greve de fome. Transtornava-me um pouco, o facto de ele deixar uma família para trás, uma filha. Não é bem para trás, é escolher morrer por opção. E eu não lido bem com esse tipo de escolhas. Não digo que a causa não tenha valor, porque tem. Não digo que não seja um grande homem, por sacrificar a sua vida pela liberdade, pelo bem de muitos, porque o é. Que tenha sido uma forma de ele demonstrar a sua revolta, percebo. Ele também morreu por nós, certo!? Certo. Mas, custa-me. Custa-me porque muitas vezes, os pais/mães partem sem escolha. Partem porque a vida assim o exige, sem aviso, sem pena do coração. Partem e deixam uma destruição nas suas famílias, deixam órfãos desolados. Custava-me muito pensar na sua mulher, na sua filha. Se calhar sou egoista, porque há muitos que sofrem por não poderem exprimir a sua opinião, por não terem direito à liberdade, mas não consigo ser indiferente a uma filha ficar sem pai. Não consigo. Ontem li a carta da mulher dele, que lhe falou da altura em que a filha nasceu, que ele tinha dito que ela era mais importante que tudo. Graças a Deus, que esse bem maior, maior que tudo, venceu. Que ele viva por ela, por eles. E que ele, outros, todos nós, encontremos outras formas de lutar pelos nossos direitos. Fiquei felicíssima, por não se perder uma vida, que para o poder instalado se resumia a nada, e para aquelas miúdas é tudo! E esse tudo, faz toda a diferença.
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