Mais uma, é tão bonito, se não fosse um pouco constrangedor

Ontem fui recolher alimentos para o projecto. Estava estacionada e vejo lá ao fundo uma senhora com sacos e mais sacos. É sempre um enigma, quando não conhecemos as pessoas, acertar se é ou não a pessoa. Chega mais perto, olha para mim e sorri. Pensei eu, que era o sinal. Saí do carro.

Eu: Olá boa tarde! Eu sou a Sol, precisa de ajuda? (quase com a mão nos sacos, como quem diz, coitada da senhora vem lá do fundo a carregar, deixe estar que eu levo)
Ela: Não, não é preciso. Deixe estar.
Eu: Eu levo, o meu carro está já aqui.
Ela: O seu carro? Mas estas são as minhas compras.
Eu: Não é a Patricia?
Ela: Não.
Eu: Peço imensa desculpa. Sabe eu sou responsável por recolher alimentos para crianças carenciadas nesta área, marcamos encontros e normalmente não conheço as pessoas. Nunca as vi. Por norma, funciona.
Ela: Pois. Não neste caso, mas então o projecto como funciona?
Eu: Blá, blá,blá. Pode ser amiga do projecto no facebook. E se tiver interesse em ajudar, envie uma mensagem. Já sabe, sou eu que venho ter consigo.
Ela: Ok. Quando chegar a casa vou espreitar.
Eu: Obrigada. Peço novamente desculpa pelo incomodo. Mas precisa de ajuda com as compras para levar para o seu carro?
Ela: Não, deixe estar. Não peça desculpa, acontece. Um bom dia.



Passaram cinco minutos, chega a Patrícia. E pelo sim pelo não, deixei-a vir ter comigo. Era ela. Ufa!