Pérolas dadas à mãe

Mãe, não percebeste que eu era o árbitro?! E tens de perceber, que não podes estar sempre a pedir a bola. Eu tenho cérebro, eu penso e decido a quem passo a bola.

Diz o meu índio, indignado. E acrescenta um "Mãe não te podes rir, quando eu falo"

Confesso, fico surpresa com as respostas dele. E faço um sorriso. Num misto de surpresa, de ver como está crescido....um misto de muitos sentimentos, tento gerir da melhor forma.

Este fim de semana, no meio de não sei quantos índios, uma menina foi ter com ele, pedir auxilio para entrar num pequeno lago e resgatar uma flor. Vejo-o passar por mim, com ar sério, como se fosse prestar socorro a alguém, uma tarefa de extrema importância. Tirou a flor, deu à menina que prontamente lhe diz para a por na relva.

O meu índio, responde prontamente: não pode ser, ou fica na agua, ou temos de voltar a plantar porque assim morre.

A menina ficou perto dele a ver, ele a esgravatar a terra e a plantar. No final deram um abraço, ele foi embora, com sentido de dever cumprido e vermelho como um tomate.

Como não sorrir.

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