Falas muito bem, mas não me alegras

Não gosto e desconfio sempre de gente, que coloca os outros de lado, porque a pessoa está depressiva e menos bem, ou porque não lhe apetece. Se não ajudarmos o próximo, quem ajudará? Nós devemos aprender, que nas costas dos outros vemos as nossas. Quando marginalizam os outros, nós devemos estar atentos, porque podem fazer o mesmo a nós. Não estás atento, achas que a ti não te acontece e é aí que te enganas. Acontece. E soa na tua cabeça, um tipo e aviso " eu bem te avisei". Não gosto de pessoas, que me dizem "não me aproximo de fulana A porque está com má onda " ou " não gosto de conviver com gente que trás mau ambiente com os problemas que tem". Não gosto. Para mim é gente de merda. Gente que só se sabe dar quando há festa, e álcool à mistura. O que nós não sabemos, é que para festas há sempre alguém, mas para nos ajudar, são muito poucos e contam-se por uma mão. Nós, não devemos estar perto de pessoas que só estão connosco porque estamos felizes da vida, porque tudo nos corre de feição, não devemos. Devemos estar com gente que gosta de nós por aquilo que somos, sem farsas. Até porque hoje estão na mó de cima, e nada invalida depois estarem na mó de baixo. Tudo na vida se revela, felizmente. E não devemos aceitar na nossa vida, quando estamos bem, quem nunca esteve lá quando estivemos mal. Nunca. Gente dessa, devemos passar para trás. Pessoas vazias e sem conteúdo. Melhor ainda é ser espetadora de uma conversa, a três, ouvir fulana A queixar-se e depois a fulana B dizer "mas tu estás sempre a queixar-te, tens a tua auto-estima muito em baixo, não se pode estar num bom ambiente contigo".... Oiço isto e penso, penso para não dizer o que verdadeiramente penso. Fulanas e fulanos como o B, há aos montes, prontos a apontar o dedo. Mas colocar no lugar...éh pá isso dá muito trabalho. Fulanos que não sabem, o que é, não ter dinheiro para pagar uma conta da água, da luz ou fazer uma mercearia. Fulanos, que se precisarem de ajudas monetárias é só bater à porta e muitos nem precisam de bater, cai no regaço. Fulanos que tem a maior parte dos custos assegurados por outro alguém, que podem fazer férias e viajar, e mesmos assim tentam o impensável, equiparar-se ao fulano A, e dizer, eu também estou desempregado. Há pois está, é certo. Pena é o fulano A, não ter a tal porta onde bater, ter de comprar tudo de fio a pavio, e não lhe aparecerem miraculosamente coisas à porta. O fulano A nem sequer faz férias, nem sequer um fim de semana algures. Mas livre-se o fulano A de se lamentar, que a vida lhe tem sido madrasta, livre-se disso. Queixar-se aos amigos, isso então nem pensar. Mas quem é ele, para chatear os amigos, com a amargura que lhe vai no coração? Não há desconhecidos para isso? Isso não faz sentido nenhum. O ser colocado de parte, o ser ridicularizado perante o desvalorizar da má sorte que tem, contribui imenso, para a falta de auto estima, que os fulanos B, dizem que o A  tem. Pelo menos deram o contributo, para a Fulana A, cair mais um bocadinho. Realmente é não ter noção da realidade do outro, que torna as pessoas tão vazias, cheias do seu próprio umbigo. É maravilhoso, estes relacionamentos. Maravilhoso. Caso para dar titulo a este post, falas muito bem mas não me alegras. Gostaria imenso que fulanos B desta vida, vivessem o que o fulano A vive, e ai, sim, diria ao fulano A para que fechasse a porta e  que respondesse" trazes mau ambiente, por isso não te queremos por perto". Pode ser que um dia, os fulanos B sintam na pele, o quão maravilhosos foram. Felizmente, revelaram aquilo que são. Nada. Corpos vazios que deambulam por ai, sem sentido da vida, ou da amizade. Pessoas que nunca vão perceber o significado desta frase "obrigada, estiveste sempre presente, quando mais precisei, e nunca vou esquecer."

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