O bem que me sabe naquilo que dou

Ontem dei-te mais beijinhos que o normal. Não és uma pessoa beijoqueira, não és pessoa de mostrar sentimentos. És reservada, bastante. Isso não quer dizer que gostas menos ou que sentes menos, nada disso, penso que até seja o contrário. Lembro-me quando era miúda te pedia beijos e tu dizias que não sabias a quem eu saía tão beijoqueira. De facto sou uma pessoa de mostrar afecto, de dar beijinhos e dar abraços, sou uma pessoa de contacto. Mas não sou de pedir. Espero e se não recebo dou, porque para mim dar já é receber. Ontem precisava de mimo do bom. Precisava de voltar a ser miúda e sentar-me no teu colo e ficar lá aninhada. Ontem peguei no teu rosto com pele enrugada, fofinha e dei-te um beijinho. Passa mais um pouco e dou-te outro. Digo-te que te amo muito, chamo-te de meu amor, e aproveito para mais um beijo, e sai-me um gosto tanto de si. Na verdade queria muito abraçá-la, queria ser eu a pegar nela ao colo, por tudo o que tem passado, por todas as coisas menos boas.  Na verdade queria mimar-me mimando-a e resultou. Vim mais calma, mais serena. Amor de mãe é único, embora a vida não tenha tido pena de nós, pelo menos o amor existe.

Comentários

Anónimo disse…
Há amores únicos e que nunca acabam...
Solana disse…
Boa tarde Til,
São aqueles que fazem parte de nós!bom fim de semana

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