Não me subestimem

Por favor!
Eu posso dizer quase sempre que sim. Posso acenar com a cabeça em concordância, mesmo que não concorde, mas porque não tenho coragem de dizer. Posso ser amiga, posso dividir-me em mil para ajudar tudo e todos. Posso fazer figura de parva, posso até ser aquele tipo de pessoa que parece ser optima para usar e deitar fora...mas C****** não me subestimem.

Já tenho idade, alguma, para saber o que querem dizer-me com frases chave. Já tenho idade para saber o que é chantagem psicológica, e digo-vos, que não fica bem. Não me tratem como tonta, parva, mesmo que pareça ser, de facto não sou. Do parecer ao ser, ainda vai uma boa distancia. Sim, muitas vezes faço-me de parva, porque a merda que oiço é tão estúpida, que nem sequer tenho reação. É que não tenho mesmo, e em vez de mandar a pessoa para o C*, fico calada...e digo parvoíces. Até porque não gosto de pessoal estúpido infeliz e faço companhia, somos os dois.

Hoje foi mais um desses dias, sei que não é fácil dizer coisas, que as pessoas não querem ouvir. Mas gente da minha aldeia, minha gente, as merdas acontecem, elas aconteceram não há como negar. E se não há como negar, é enfrentar os factos de frente, passe bem e muito obrigado. Mas com o carinho que se tem, a educação, o cuidado com a pessoa que se tem à frente, dá-se mais conversa, senta-se à mesa. E depois, acontece o pior.
Utilizam todas as artimanhas na minha cara, como uma tentativa desesperada de ter razão, do que não tem. Nem vão ter. Pior, vão buscar coisas pessoais, e ainda dizem indiretamente, se me ajudas a mim, eu ajudo te a ti. É a mesma coisa, que estar a ver um teatro, e as pessoas vestem e despem personagens, ali mesmo à frente, sem separar os actos, tudo no mesmo cenário. 
É feio, muito feito. É que ser subestimado é mau...ser chantageado pior. Ser manobrada, também não ajuda. Mas apelarem ao sentimento, dizerem que pressentiram o que vinha de mau, que estamos no natal, que o gato morreu, que não merecia, que isto e aquilo.... é só triste.

Triste criarem um sentimento de culpa, de uma coisa que é da sua inteira responsabilidade ou falta dela neste caso.

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