Ando assim meia, perdida no mundo da lua

Fico a olhar para o tecto, quando me sobra tempo. Fico a pensar, divago e nem dou conta do tempo que passa. Não sei não fazer nada. Fico a mudar de canal sem ver nada. Penso no que fiz, no tanto que deveria não ter feito. No tanto mais que devia fazer. E montes de ses, e se.... Faço mentalmente uma lista das pessoas à minha volta. Umas foram, outras chegaram. E começo mesmo a constatar que a vida vai ser sempre assim. Que por mais que queira manter as pessoas que gosto à minha beira, não é possível. Ter tempo a mais, dá nisto. Pensa-se demais. Equaciona-se muita coisa. Ás vezes com o sentimento de dever cumprido. Outras com sabor amargo. Outras que nem quero lembrar. E dou por mim, nem decidida, nem indecisa. Nem fria, nem quente. Nem infeliz, nem feliz. Mas sim meia sem sal.