Se antes era em cinco

acho que agora não passa de um minuto. Adormeço. Cada vez parece que chego mais tarde a casa. Cada vez parece que tenho mais coisas para tratar. Gosto de ter o que fazer, gosto de estar ocupada, mas nem tudo me alegra. Digamos que não é a ocupação ideal. E tenho a cabeça a mil e não faço o que deveria fazer, deixo coisas que deveria fazer, para trás. Ás vezes gostava de sentar-me num banco de jardim e olhar para o nada. Nada. E ficar a pensar em nada. Ou deitar-me na relva e fechar os olhos e não ouvir nada. Próxima actividade será fazer uma massagem, que estou para aqui que não posso. E dou por mim cansada. Mesmo. Mas todos os dias, elaboro um esquema na minha cabeça, que me ajude a animar, e pensar que a vida também tem coisas boas e fixes. Um dos truques, por exemplo, é sempre que marco o 6, do sexto piso, tenho de passar pelo 5 e o quinto piso, e procuro as lembranças boas que existem dentro de mim. O dia que conheci o meu bem mais precioso, que me faz imensamente feliz, viveu comigo a sua primeira noite no quarto 505. Marco o 6 com pesar e depois passo o 5 com um sorriso e penso, fui tão feliz, e ainda poderei ser mais. E penso porque não repetir? Fingers crossed!


 


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