I see you ... sempre no continente.
Não sei explicar. Vejo-te muito poucas vezes. Mesmo poucas. Mas foi precisamente contigo que fui ter quando senti perder o meu norte. Engraçado. Fui ter com uma pessoa, que não me conhecia. E mostrei-me como era. Nua, e crua. Tresloucada. Perdida. Muito perdida. O teu olhar sempre foi sereno. Muito. Não fugiste. Há quem fuja de pessoas com problemas. Acarinhas-te e pensaste numa estratégia. E disseste vamos superar. Contaste-me as tuas estratégias de pensamento e tentei apoiar-me nelas. Na tua capacidade de raciocínio. Na tua capacidade de gerir os teus medos e receios. Tens boas ferramentas, para encarar este mundo. E partilhas. O que me toca é que és igual para mim, passe o tempo que passe. E passe o que se passe. Conte o que te conte. Conte o que me magoe, e que envolva pessoas que conheces. Geres tudo de uma forma graciosa. Que não sei explicar. E acarinhas de uma forma que também não sei explicar. Só te encontro em aniversários, ou no continente. Somos mulheres das compras, de cozinhar. Talvez por isso. Damos dois dedos de conversa. Dizes, sempre alguma coisa, que me toca. Sempre. E penso, sempre, que ainda não estou lá. Que ainda não lá cheguei. Que, que, que...que nem sempre, o que precisamos por muito pouco que seja, nos está destinado. Enquanto houver caminho para caminhar, a gente vai caminhando. A coisa boa disto tudo... É a certeza boa, boa, que sempre que te encontrar serás sempre um conforto. Alguém que me diz" Estás sempre no meu pensamento" e isso aquece-me o coração. Obrigada.
Comentários