Gente que veste marca e marca que veste gente

Acho que hoje em dia cada um veste o que gosta e compra onde quer e o que pode. Se bem que uns não podem e mesmo assim compram. "Compram porque vestir Guess é do bem, tá a ver. Se você não vier com sacos Lanidor, Saccor, Guess você não é nada! Tá a ver. Você está cá em baixo, e eu estou lá em cima." Atenção eu não tenho nada contra as marcas, aliás gosto delas. Felizmente não sou, nem me dou com este tipo de gente. Gosto de gente que o é, que pode usar o que lhe apetecer e nada disso têm importância, porque o conteúdo é muito mais do que trapos.

Mas dá-me comichão de ver pessoas assim. Que olha outros de cima abaixo. " Ai querida você foi à Zara, à Breska? Olhe que isso são os Cheneses aqui do Shopping". So what?

Mas que comichão têm esta gente se as pessoas compram no sitio onde preferem e podem. Nem todas as pessoas têm o mesmo poder de compra. Aliás, há quem prefira não gastar em roupa e viajar. Há quem prefira comprar muita roupa e não viajar. Há de tudo. E não acho mal. Cada um sabe de si.

Agora criar rótulos, colocar as pessoas há margem, pior, fazer com que as colegas se sintam inferiores devido ao seu poder de compra é de lamentar.

É triste ver pessoas que passam por isso no seu dia à dia. Que belo ânimo para ir trabalhar. Podiamos falar que as gajas são umas cabras, mas ao que parece o gerente é pior. É como digo sempre, gajas são lixadas, gajo metido a gaja, pior. 

Mas seram estas pessoas tão futéis, snobs, petulantes que não enxergam o essencial?

De facto há coisas que não se compram, imagine-se, nem no chinês que parece ter tudo. Felizmente não convivo com este espécime, mas infelizmente há pessoas que são atormentadas todos os dias por eles. São como as como as melgas, sempre a sugar.