Tudo igual, da mesma forma
Quando era pequena, andava sempre dentro de água. Quando digo sempre é sempre, até os lábios ficarem roxos e a minha mãe me obrigar a ficar na toalha. Passava o tempo na àgua e quando não estava lá, era sentada na areia. Sempre gostei do contacto da areia, de sentar-me na areia e ter os pés cobertos dela. Sempre fui a última a sair da àgua e vinha sempre com o fato de banho molhado e com o cabelo a pingar para casa. Pareces um pato, dizia a minha mãe. Hoje constatei que nada mudou. Passei maior parte do tempo dentro de àgua o resto sentada na areia molhada, e outras vezes na areia seca. Se bem que isto obriga-nos a ir à àgua novamente, portanto só temos a ganhar. Vim com o fato de banho molhado, e com o cabelo a pingar, como sempre. Gosto de aproveitar sempre até ao fim, sempre. Realmente há uma diferença, antes vinha de autocarro ou vinha a pé quando perdia o último, hoje venho de carro. Mas confesso, era tão divertido vir de autocarro com os amigos todos. E quando se vinha a pé, por mais longe que fosse o caminho e sabe Deus quanto custa aquela subida horrorosa de Capride, vinha feliz, porque tinha sido opção ficar na praia até às 21.00. Não se podia ter tudo. Enfim, gosto de praia, gosto de perceber que nem tudo muda, que no fundo continuamos iguaizinhos à altura em que eramos crianças. E isso deixa-me feliz.
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