Confessionário
Falo muito no carro.
Pergunto muito em voz alta. O porque de tantas coisas.
Eu dou daquelas, que nas notas do telemovel, já tem o número da campa de três pessoas, os meus dois pais, e a minha querida prima. Que eu amo. A todos.
Ás vezes olho para aquilo, e penso apagar. Porque tenho medo que a lista cresça.
Ás vezes nem consigo acreditar, que aqueles números estão lá.
Não apago, porque não quero que a minha memória não me falhe e eu não quero perder os seus lugares.
Sou chata.
Há dias em que acredito.
Há dias em que não acredito.
E penso. Os dois? Porquê.
Tenho tantas coisas para perguntar, para lhes falar.
Sim, podemos fazer. Mas eles não nos pegam ao colo, não sinto a mão da minha mãe a afagar-me o rosto.
Isto é duro.
É isto a vida?
O duro da vida. viver, lembrar de partilhar....chegar a casa e eles não estão lá.
Lembro-me tanto de vocês meus amores.
Tanto.
E lembro-me do melhor.
Seleccionei porque o que é mau não nos alimenta, só nos magoa mais.
Vivo uma luta, do seguir em frente.
Desdobro-me em mil.
E não parece ser suficiente.
Uma coisa eu sei, tenho as bases necessárias. Sou resiliente.
Não percebia o porque de a minha mãe dizer tanta coisa, e o meu pai tantas outras.
Hoje, eu própria, repito. Repito a mim e aos meus.
Mas Há dias do caraças.
Há dias, que não há mantras, não há esquemas para pensar positivo.
Há dias em que só choramos.
Choramos no carro.
Pedimos ajuda. Pedimos aos nossos que não nos desamparem.
Que nos deêm a mão.
Que não nos percamos nos meandros da vida.
Que é dura.
E eu a pensar que era um mar de rosas.
Um mar esverdiado, com o fundo de areia clara, e cardumes a passar....
Deitada a boiar, com o sol a corar-me o rosto.
Esta seria a minha vida. Tranquilidade, amor, paz, aconchego e colo.
Mas a vida, pelos vistos é isto.
É apanhar desilusões, é desconhecer conhecidos.
É largar peso, porque senão afundamos.
É largar o que não interessa.
É ter caixinhas e arrumar tudo.
É ter a grande de ter o meu amor de uma vida. Que só eu sei, o quanto ele me salva e o quanto me dói mutias vezes não o conseguir salvar a ele.
E choro.
É mais fácil.
Pergunto muito em voz alta. O porque de tantas coisas.
Eu dou daquelas, que nas notas do telemovel, já tem o número da campa de três pessoas, os meus dois pais, e a minha querida prima. Que eu amo. A todos.
Ás vezes olho para aquilo, e penso apagar. Porque tenho medo que a lista cresça.
Ás vezes nem consigo acreditar, que aqueles números estão lá.
Não apago, porque não quero que a minha memória não me falhe e eu não quero perder os seus lugares.
Sou chata.
Há dias em que acredito.
Há dias em que não acredito.
E penso. Os dois? Porquê.
Tenho tantas coisas para perguntar, para lhes falar.
Sim, podemos fazer. Mas eles não nos pegam ao colo, não sinto a mão da minha mãe a afagar-me o rosto.
Isto é duro.
É isto a vida?
O duro da vida. viver, lembrar de partilhar....chegar a casa e eles não estão lá.
Lembro-me tanto de vocês meus amores.
Tanto.
E lembro-me do melhor.
Seleccionei porque o que é mau não nos alimenta, só nos magoa mais.
Vivo uma luta, do seguir em frente.
Desdobro-me em mil.
E não parece ser suficiente.
Uma coisa eu sei, tenho as bases necessárias. Sou resiliente.
Não percebia o porque de a minha mãe dizer tanta coisa, e o meu pai tantas outras.
Hoje, eu própria, repito. Repito a mim e aos meus.
Mas Há dias do caraças.
Há dias, que não há mantras, não há esquemas para pensar positivo.
Há dias em que só choramos.
Choramos no carro.
Pedimos ajuda. Pedimos aos nossos que não nos desamparem.
Que nos deêm a mão.
Que não nos percamos nos meandros da vida.
Que é dura.
E eu a pensar que era um mar de rosas.
Um mar esverdiado, com o fundo de areia clara, e cardumes a passar....
Deitada a boiar, com o sol a corar-me o rosto.
Esta seria a minha vida. Tranquilidade, amor, paz, aconchego e colo.
Mas a vida, pelos vistos é isto.
É apanhar desilusões, é desconhecer conhecidos.
É largar peso, porque senão afundamos.
É largar o que não interessa.
É ter caixinhas e arrumar tudo.
É ter a grande de ter o meu amor de uma vida. Que só eu sei, o quanto ele me salva e o quanto me dói mutias vezes não o conseguir salvar a ele.
E choro.
É mais fácil.
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