O meu filho, não é por ser meu, mas é muito fixe. É um lindão da sua mãe.
Um coração do tamanho do mundo. Partilha tudo o
que tem. Quer oferecer ao outros, pensa sempre nos outros. É um doce.
O meu filho foi ao médico, para tirarmos dúvidas,
e se dúvidas houvessem, está bem. De facto há pessoas que aparecem na nossa
vida, como ferramentas para algo. Conheci um médico fabuloso. Mesmo. Há de facto pessoas especiais. Na sexta,
depois de um dia cansativo, o meu filho, que também tem as suas birras, quer
porque quer uma bateria. E também uma guitarra. Se bem que recebeu uma viola há
um mês. Anda na música, respira música e agora tem aulas de viola. De tanta
birra e choro, disse-lhe que não era possível comprar-lhe a bateria ou outro
instrumento. Mas que ele poderia muito bem trabalhar para o comprar. Podíamos
fazer bolachas, pintar pedras, fazer artigos de Natal e vender. Se assim o
pensámos, assim ele o quis fazer. Não fosse ele meu filho. Amassa um alguidar
cheio de ingredientes, e fizemos biscoitos. Embalamos, com laço bonito. E fomos
passear no fim-de-semana, e ao mesmo tempo vendíamos. Tivemos sucesso. Não tão
rápido quanto o desejo dele, mas viu o que conseguiu conquistar. Agora tivemos
outra ideia, para este sábado. Daqui a uns tempos, ele levará o mealheiro, para
comprar, com o seu esforço, o instrumento que tanto quer. E é tão bom ver. Sim,
seria mais fácil comprar. Seria mais fácil porque vem o Natal, do que passar
noite a tirar bolachas do forno. Mas não é a mesma coisa.
O meu filho é o maior.
Comentários