Alívio e Serenidade
Foi o que senti esta manhã. Tenho uma péssima relação com bombas de gasolina. Péssima. Não suporto ir, não suporto por gasolina. Chateia-me. Então adio, vou adiando. Já não é a primeira vez que me acontece. E já devia ter aprendido. Acho que foi desta.
Vinha eu na rotunda, e comento com o mais que tudo, que o melhor é ir à bomba, porque me estou a esticar...estou a abusar um pouco da sorte. Estou à entrada da bomba e o carro pára.
Parou.
Faleceu.
Tentei reanimar, com vários esticões de ignição. E nada.
Coitado.
Olho para o mais que tudo, e vejo que não percebeu.
Começo a pensar...bolas era mais um metro, um metro e chegava ao raio da mangueira.
Eu por norma não peço favores. Só peço se tiver mesmo que ser, e às vezes porque é para terceiros. Eu sou das pessoas que adora resolver os favores que lhe são pedidos. Mas eu pedir, não gosto.
Tentei empurrar o carro sozinha. Tipo, miúda tu consegues isto.... nop.
Pesa uma tonelada.
Não consegui.
Não tenho propriamente a quem ligar. E àquela hora, muitas pessoas estão no trabalho e a caminho dele. Não gosto de incomodar.
Fui ter com o senhor da bomba, e vejo vários rapazes de oficinas que estão ali por perto.
Timidamente pergunto ao senhor, se alguém me ajudaria a empurrar o carro.
Começam a olhar uns para os outros, como se tivessem de empurrar o carro até Fátima. Tipo pagar promessa.
O rapaz diz, olhe aí tantos.
Bem na verdade eu vejo esses tantos, mas muitos tantos a ignorarem.
O Senhor que estava à minha frente disse logo " claro que ajudamos todos"
Esse senhor, e só mais dois de um grupo de sete.
Mas fiquei feliz, três pessoas não me abandonaram.
Pedi imensa desculpa, logo de manhã e estarem a empurrar carros.
Quando viram que era só um metro...se tanto...começaram a rir.
Agradeci.
Coloquei o gasóleo e fui pagar.
Paguei os cafés às pessoas que me ajudaram. Não que fosse preciso. Mas gosto de ser grata. Era o minimo.
Entro no carro, comento com o mais que tudo, que tivemos uma sorte do caraças. Mesmo.
Imaginei o carro parar numa estrada principal ou numa rotunda...e eu como baby dentro do carro. Claro que a responsabilidade era sempre minha...o vai dar, nem sempre dá.
Mas agradeci a Deus, e senti um alívio de um minuto.
O carro não pegava.
Depois de ligar e desligar, ele anda, e eu comemoro com danças estranhas.
O carro pára na saída da bomba.
Penso, e peço a Deus, para que tudo se resolva. Depressa. O mais que tudo, só dizia " mãe não acredito...mãe ...mãe...."
Aparece o senhor que está na fila para sair, que teve a amabilidade de não apitar...e veio perguntar se precisava de ajuda.
Felizmente estava perfumada, e em bom. Passando, veio o senhor e empurra o carro para a berma, e diz que vai chamar o rapaz da oficina.
Veio o senhor e o rapaz que me ajudou a empurrar o carro, e explicou que é mesmo assim. Estes carros temos de ir tentanto... acelarando... quando ele ouviu o tal som...disse agora sim.
Agradeci mil vezes.
É bom ver que as pessoas não desistem das outras.
Senti um grande alívio, uma serenidade, uma paz interior, por não ter sido abandonada, por ter alguém que se prontificou a ajudar-me.
Senti-me confortada. Não me abandonaram.
Sai com um sorriso na cara. E disse ao mais que tudo, vês filho, há pessoas boas no mundo e nós somos uns sortudos.
Sorri de paz e tranquilidade.
Porque sei que tudo poderia ser muito pior, mais chato.
Vinha eu na rotunda, e comento com o mais que tudo, que o melhor é ir à bomba, porque me estou a esticar...estou a abusar um pouco da sorte. Estou à entrada da bomba e o carro pára.
Parou.
Faleceu.
Tentei reanimar, com vários esticões de ignição. E nada.
Coitado.
Olho para o mais que tudo, e vejo que não percebeu.
Começo a pensar...bolas era mais um metro, um metro e chegava ao raio da mangueira.
Eu por norma não peço favores. Só peço se tiver mesmo que ser, e às vezes porque é para terceiros. Eu sou das pessoas que adora resolver os favores que lhe são pedidos. Mas eu pedir, não gosto.
Tentei empurrar o carro sozinha. Tipo, miúda tu consegues isto.... nop.
Pesa uma tonelada.
Não consegui.
Não tenho propriamente a quem ligar. E àquela hora, muitas pessoas estão no trabalho e a caminho dele. Não gosto de incomodar.
Fui ter com o senhor da bomba, e vejo vários rapazes de oficinas que estão ali por perto.
Timidamente pergunto ao senhor, se alguém me ajudaria a empurrar o carro.
Começam a olhar uns para os outros, como se tivessem de empurrar o carro até Fátima. Tipo pagar promessa.
O rapaz diz, olhe aí tantos.
Bem na verdade eu vejo esses tantos, mas muitos tantos a ignorarem.
O Senhor que estava à minha frente disse logo " claro que ajudamos todos"
Esse senhor, e só mais dois de um grupo de sete.
Mas fiquei feliz, três pessoas não me abandonaram.
Pedi imensa desculpa, logo de manhã e estarem a empurrar carros.
Quando viram que era só um metro...se tanto...começaram a rir.
Agradeci.
Coloquei o gasóleo e fui pagar.
Paguei os cafés às pessoas que me ajudaram. Não que fosse preciso. Mas gosto de ser grata. Era o minimo.
Entro no carro, comento com o mais que tudo, que tivemos uma sorte do caraças. Mesmo.
Imaginei o carro parar numa estrada principal ou numa rotunda...e eu como baby dentro do carro. Claro que a responsabilidade era sempre minha...o vai dar, nem sempre dá.
Mas agradeci a Deus, e senti um alívio de um minuto.
O carro não pegava.
Depois de ligar e desligar, ele anda, e eu comemoro com danças estranhas.
O carro pára na saída da bomba.
Penso, e peço a Deus, para que tudo se resolva. Depressa. O mais que tudo, só dizia " mãe não acredito...mãe ...mãe...."
Aparece o senhor que está na fila para sair, que teve a amabilidade de não apitar...e veio perguntar se precisava de ajuda.
Felizmente estava perfumada, e em bom. Passando, veio o senhor e empurra o carro para a berma, e diz que vai chamar o rapaz da oficina.
Veio o senhor e o rapaz que me ajudou a empurrar o carro, e explicou que é mesmo assim. Estes carros temos de ir tentanto... acelarando... quando ele ouviu o tal som...disse agora sim.
Agradeci mil vezes.
É bom ver que as pessoas não desistem das outras.
Senti um grande alívio, uma serenidade, uma paz interior, por não ter sido abandonada, por ter alguém que se prontificou a ajudar-me.
Senti-me confortada. Não me abandonaram.
Sai com um sorriso na cara. E disse ao mais que tudo, vês filho, há pessoas boas no mundo e nós somos uns sortudos.
Sorri de paz e tranquilidade.
Porque sei que tudo poderia ser muito pior, mais chato.
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