Bate forte e passa rápido

Hum, hoje começo o dia em pânico. Caramba pá, logo à segunda? O miúdo e eu adormecemos tarde, fazer aerossóis e o diabo a quatro. E para acordar? Nada!!! Tive de vestir o miúdo ainda a dormir.Levo-o para a sala, bonecos como som no máximo e ele vai despertando. Fazê-lo engolir o pequeno almoço. Foi de espada para a escola. As tartarugas ninja reinam lá em casa. O meu pequeno almoço a correr. Idas às compras para a ajuda de berço. Nisto, cai-me tudo. Não caiu nenhum objecto, nem nada que se visse. Foi a minha pessoa que ficou a tremer, sem saber o que fazer. Vamos dar nomes aos bois. É pá não fodam! Não me lixem, não me pisem os calos a mim e aos meus. E depois quando estou nesta espiral de pensamentos negativos, fecho completamente o meu eu racional, e não quero saber. Junto tudo no mesmo saco e que se lixe. Hoje tive que enfrentar uma das pessoas que estava dentro desse saco. Passa por mim, diz um bom dia meio manhoso. Eu começo logo a rogar pragas e a dizer asneiras. Possas pá, que ainda não acordei, estou taralhouca e tenho de levar com este filme. Mas penso isto e sai-me um olá tudo bem contigo e com os teus? Sempre educada. Cada uma segue a sua vida e fico a pensar naquilo. Das duas uma, ou estou mesmo a dormir ou será que apaziguei dentro de esta amargura toda? Fiquei assim meio na duvida. Se teria desaparecido a revolta em mim. Falo sozinha para caraças, parece uma salada é batatas, bolos rei, broas, pilhas, o que nos fizeram, o que nos disseram, bio kill, limpa vidros, enfim. Nisto, estou na caixa a pagar, a dita pessoa abeira-se e falamos como se nada se tivesse acontecido. Não é bem nada, havia ali um pouco de atrito, pelo menos senti isso. Eu, ainda meia apanhada de surpresa falo atabalhoadamente, num misto de querer falar, ser educada, não querer falar, ou mandar a merda. Enfim, mas falo. Falo de mais. Beijinhos e cada uma segue a sua vida. Óh diabo, terei eu separado os ditos que estavam no saco? O que será que mudou? O que mudei? Por vezes sinto-me uma totó.