Memória de peixe

Dou por mim a sair de casa à meia noite, uma da manhã, porque há alguém que precisa de falar de um ombro amigo. E saio. Vou com gosto. Mesmo que a conversa se prolongue horas a fio e no outro dia tenha de trabalhar. Mesmo que deixe muitas coisas para trás, coisas que não são bem coisas, por terem extrema importância para mim. Mas penso sempre, dias não são dias e as pessoas precisam de alguém, com quem falar. E eu estou sempre pronta. Seja amigo de longa data ou de há um mês....eu não quantifico tempo numa amizade, ou é ou não é. Ontem uma amiga liga a chorar que o fulano B de Besta lhe mandou não sei quantas mensagens a tratá-la mal e falou de mim também.....mas coisas de baixo nível... Eu nem queria acreditar que aquele sonso que tantas horas de sono me tirou, estava a debitar aquelas merdas sobre ela e sobre mim. Eu percebo que as pessoas se separem, que nada dura para sempre, que a vida seja uma cabra, que o mundo conspire contra elas...mas não descarreguem em todos, nem muito menos em mim. Qual foi a parte do acabou, está acabado que estas pessoas não percebem? Não percebem e perseguem as pessoas, por onde elas andam e com quem andam...  Pessoas que não estão juntas há um ano e passam a vida a massacrar e não largam. Irra. E Agora parece que a culpada, pela pessoa ter andado para a frente, por viver a vida dela...sou eu. Há que ter paciência. Há que ser adulto. Não tenho paciência  para gente mal educada. E são estes filhos da mãe, que me fazem arrepender todo o tempo que eu abdico, para os ouvir...porque esta gente não mede o que diz. São uns miúdos com idade de homens.

Comentários

Mensagens populares