O Deus de Spinoza

Pensamos demais. Queremos demais. Queremos sempre mais. Desvalorizamos o que mais de precioso temos. Equações, mais equações, mais não sei quantas contas de somar. É tudo tão simples. Digo isto para quem dá valor ao sentir, ao amor, ao afeto. Se as pessoas se permitissem sentir, e se deixassem que isso acontecesse naturalmente era tudo tão mais fácil. Tenho a certeza. Mas há sempre alguma questão. O politicamente correto. A profissão, o estatuto social, o dinheiro, o ser divorciado,o trazer filhos. Eu perdi-me algures neste tempo. Viajei no tempo e sai na época errada. Achei que a casa de partida era o Amor. E não tudo o resto que mencionei a partir do politicamente correto. Hoje, nos dias de hoje, para as pessoas a casa de partida é um saco cheio de coisas que num futuro pode traduzir-se em nada. A minha casa de partida é tão diferente das outras. Mas tão diferente.